"Eu não quero ser o que eu não sou, eu não sou maior que o mar."


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31 de julho de 2010

Travessia Praia da Urca - Parque da Cidade de Niterói

Finalmente juntar canoagem e trilha; sair da Praia da Urca, no Rio de Janeiro, atravessar a Baía de Guanabara, chegar na Praia de Charitas, em Niterói, caminhar 1,5km até o início da trilha do Morro do Santo Inácio, subir um desnível de cerca de 350m até o pico e voltar. Essa era a idéia.

Levantei às 4:20h. Arrumei o caiaque, preparei lanche e água, e parti para a Urca. Às 5:30h, ainda com o céu estrelado e decorado com uma bela lua, entrei na água. A praia iluminada, a baía cercada de luzes testemunhava minha vontade. Fui remando devagar, dando tempo para o dia nascer.

Remar à noite tem magia. O mar, a princípio negro, foi mudando de tom, passou para chumbo e logo depois adquiriu uma tonalidade azul escuro metálica. Muito, muito bonito.

Cheguei ao Forte da Laje, onde pretendia esperar o dia clarear, mas o mar remexia muito naquele ponto e resolvi seguir. O céu já apresentava sua paleta de cores. Já dava pra atravessar.
Aproveitei a preamar, sem correntes, para atravessar e cheguei na costa niteroiense com o astro rei me dando as boas vindas.

Dali até a Praia de Charitas, foi uma remada tranquila, apesar do sol rasteiro ferindo os olhos. Cheguei em Charitas e fui procurar um lugar pra deixar o caiaque. Tive o prazer de conhecer o Jorge, dono de um quiosque, que deixou que eu guardasse meu caiaque junto ao dele. Ainda por cima sugeriu e me passou as coordenada para que eu fosse no "panorama", segundo ele melhor e mais seguro que o Santo Inácio.

Entretando, eu estava com o Santo Inácio na cabeça e vim namorando ele na chegada a Charitas, de forma que rumei para ele. Porém, ao chegar na rua onde se inicia a trilha, me deparei com um portão fechado e sem vigia. Não me dei por vencido. A rua é pública. Esperei um carro sair e entrei. É, mas não adiantou, no final da rua, onde começa a trilha a surpresa: duas grades e cerca elétrica. Mais uma trilha privatizada.

Fiquei ligeiramente frustrado. Mas o Jorge havia salvo o dia. Rumei para o Parque da Cidade e fui para a rampa de Asa Delta. Não era uma trilha, era um estrada, mas a idéia não foi ferida. Cerca de 240m de desnível, e se abriram as paisagens que ilustram esta postagem.


Ê cidade maravilhosa! Finalmente me senti recompensado. E o incômodo da incerteza foi vencido pela alegria da conquista.

A volta também foi em paz. Tranquilo, sereno, vim remando e contemplando. Até chegar novamente na Urca. Muito cansado e muito feliz.



A idéia se concretizou, agora novas rotas surgirão. Caiaque, mergulho e trilha. É bom demais!






27 de julho de 2010

Alto Mourão ou Pedra do Elefante - Niterói





Mais uma trilha desbravada fora do Rio. Desta vez foi no Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Niterói. Mais exatamente no Alto Mourão, também conhecido como Pedra do Elefante, na divisa entre Itaipu e Itaipuaçu.









Essa trilha proporciona uma das mais bonitas paisagens do RJ. E serve para desmentir aqueles que dizem que a única coisa que vale em Niterói é a vista do Rio. As praias de Niterói são lindas, as fotos não me deixam mentir.





A trilha é tranquila, 1,5km, um desnível de menos de 250m, porém no final há uma escalaminhada, muito gostosa de se fazer, mas que dá pra desgastar um pouco.



Do cume, temos uma visão de praticamente 360º pegando os dois lados do litoral. De uma lado a praia de Maricá, com a lagoa ao fundo. No mar, as Ilhas Maricás. Do outro lado, Itacoatiara, Itaipu, Camboinhas e Piratininga; e bem ao fundo: Pão de Açúcar e até Pedra da Gávea.




Além da paisagem, muitas flores enfeitam a trilha, também é constante o canto dos pássaros. Uma das melhores trilhas que já fiz. Com certeza, vai rolar repeteco. Faz um bem pra alma...


22 de julho de 2010

Pedra do Quilombo



É engraçado. Muitas pessoas dizem que a Floresta da Tijuca é a maior floresta urbana do mundo. Que surpresa quando soube que não é nem a maior do Rio de Janeiro. A maior, e dizem que do mundo, mas não vou botar minha mão no fogo, é a do Parque Estadual da Pedra Branca, que abriga o Pico de mesmo nome, ponto mais alto do Rio de Janeiro, vencendo, por míseros 3 metros, o Pico da Tijuca.





Fui ao parque, mas não à Pedra Branca, onde dizem quase não há vista. Fui à Pedra do Quilombo. São 5,5 Km com um desnível de cerca de 630m. Desnível parecido com o da trilha do Corcovado. Mas por ser mais espaçado há poucos trechos realmente íngremes. Desta forma, cansa menos.



A trilha é boa. Larga, sobe-se caminhando direto, sem dificuldades. Só no final, há um trecho que requer cuidado, quando contorna a Pedra por trás. Qualquer descuido pode resultar em uma queda perigosa. E uma pequena escalaminhada para subir a Pedra, simples mas que requer cuidado.
No resto é apreciar a belíssima paisagem. Uma das mais bonitas que já vi no Rio. Muito interessante também por mostrar a Floresta da Tijuca de fora. O visual é quase 360°.

Fiquei olhando pro Gigante Adormecido e a impressão que dava é que ele ia se levantar a qualquer momento, saíria andando, deixando uma ferida na cidade, e ia procurar um local mais calmo pra descansar.